Flotilha de batatas, comemorando a Batalha de Lepanto

Ontem, dia 7 de outubro, foi a memória litúrgica de Nossa Senhora do Rosário. A festividade foi incluída no calendário romano pelo Papa São Pio V, em 1572, para comemorar a vitória da armada católica contra os turcos na Batalha de Lepanto. 

Desde a aparição de Nossa Senhora a São Domingos de Gusmão, fundador da Ordem dos Pregadores (os dominicanos), na qual a Virgem lhe entregou a devoção do rosário, esse título da Mãe de Deus é honrado pelos cristãos. Pio V, um Papa dominicano, era, por isso, ainda mais devoto do terço de Nossa Senhora, em atenção à história de sua Ordem. 

Quando os turcos ameaçaram invadir a Europa, o mesmo Papa convocou os exércitos católicos a defenderem a Cristandade. Poucos atenderam ao apelo do Santo Padre, entre eles Veneza, Espanha, Nápoles, Sicília, os Estados Pontifícios, Gênova, Savóia, a Ordem dos Cavaleiros de Malta (hospitalários), sob o comando de Dom João de Áustria.

No dia 7 de outubro, uma procissão em Roma, liderada por São Pio V, invocou a proteção da Mãe de Deus, com incessante oração do rosário. O próprio Papa, no Vaticano, rezou o rosário pelo sucesso da batalha, que se deu no mesmo dia nas águas de Lepanto.


A vitória em Lepanto foi fundamental. Se os turcos a vencessem, teriam as portas abertas para a conquista da Europa, como se pode ver no mapa:

A vitória cristã, diante da esmagadora maioria turca muçulmana, foi fruto não só do gênio militar de D. João e da coragem dos marinheiros católicos, como de uma intervenção miraculosa de Nossa Senhora, que em uma aparição temível afastou várias embarcações dos maometanos. São Pio V, em Roma, teve uma visão mística das cenas da batalha.


Veja mais sobre a batalha nos links abaixo:




Somos aqui em casa muito apegados ao rosário, que faz parte de nossa rotina diária de orações, ao lado do breviário e de outras preces recitadas pela manhã, tarde e noite. Motivos, pois, não nos faltam para comemorar essa festa, ainda mais lembrando da espetacular vitória católica contra esses inimigos que, ainda hoje, tentam destruir o Ocidente e o que resta de cristão nele.


Como os leitores sabem, gostamos de lembrar das grandes datas da Igreja com culinária. Comer na intenção de rezar é uma espécie de catequese visual e uma forma pedagógica de recordar, com alegria, os fatos especiais do calendário litúrgico.

Por isso, inspirado na vitória da armada católica na Batalha de Lepanto, fiz umas batatas assadas em forma de navios.

A receita é simples: cozinhar as batatas, depois cortá-las ao meio, ao longo delas, e retirar boa parte do miolo; com esse miolo retirado, fazer um purê, amassando e misturando com requeijão; colocar sal nas batatas e meter o purê no buraco que ficou das batatas; levar as batatas já com o purê ao forno, em uma forma untada com óleo e despejar azeite de oliva extra-virgem por cima; quando prontas, decorar com salsinha e fazer as velas das "embarcações" com pedaços de tomate presos por palitos.

Eis o resultado:









Rafael Vitola Brodbeck

Nenhum comentário:

[Domestica Ecclesia] © - Copyright 2013-2017

Todos os Direitos Reservados.
Citando-se a fonte, pode ser o conteúdo reproduzido.