Hora eucarística em família

Jesus está realmente presente, em Corpo, Sangue, Alma e Divindade na hóstia consagrada. Não apenas durante a Santa Missa, mas sempre. A partir da consagração, o pão não é mais pão, o vinho não é mais vinho. Tornam-se o Corpo e o Sangue do Senhor. A hóstia, então, é digna de ser adorada. E a adoramos na própria Missa, durante a consagração, na Comunhão, e na ação de graças, como também sempre que ele esteja presente nos tabernáculos das igrejas.
É muito salutar, portanto, visitar Jesus no tabernáculo. A igreja é realmente a Casa de Deus porque Ele está presente não apenas como está em todos os lugares, não apenas espiritualmente porque é um templo consagrado, mas sobretudo porque Cristo Eucarístico está lá, guardado, sob a aparência de pão! Visitar Nosso Salvador é uma questão de fé, de amor, de gratidão, e ajuda a aumentar nossa amizade com Ele. Muitas graças recebemos, principalmente o acréscimo de nossa piedade e santificação e aumento de fé na Eucaristia, quando vamos dialogar com o Senhor no sacrário.

Uma forma bastante simbólica de demonstrar nosso amor a Jesus Sacramentado é passar uma hora diante do tabernáculo, como o mesmo Cristo convidou os Apóstolos a rezar com Ele em Sua agonia no Getsêmani. Chamamos isso, na tradição da Igreja, de hora santa ou hora eucarística.

No Regnum Christi, é um dos compromissos semanais que assumimos em nossa vida de oração.

Confesso, não sem certo rubor, que temos deixado um tanto de lado esse exercício de piedade, mas durante muito tempo o cumprimos com muito amor e dedicação. Pretendemos voltar. Todas as quintas-feiras, dia eucarístico por excelência, por recordar a instituição de tão augusto e sublime sacramento, fazíamos a nossa hora santa, e uma vez por mês, em Pelotas, a tínhamos com todos os membros do Regnum Christi da cidade, de forma solene, com um sacerdote que fazia a exposição e a bênção do Santíssimo e nos atendia em confissões.

A família que reza junto diante do Senhor recebe importantes bênçãos do alto e ensina os filhos, desde pequenos, sobre a fé na presença real de Cristo na Eucaristia.

O esquema que seguimos é muito simples. Ele pode ser usado para uma adoração com exposição simples, exposição solene e sem exposição alguma (neste caso, com Jesus fechado no tabernáculo).

De início, cantamos o Ave Verum. Se há exposição, é neste momento que o sacerdote começa o rito, faz as incensações e inicia as orações. Sem exposição, há apenas o canto.

Em seguida, rezamos o terço, com a meditação dos mistérios do dia. Após o terço, alguém lê o Evangelho do dia ou do Domingo passado. Havendo um sacerdote ou diácono, pode dar uma homilia, e se for apenas um leigo poderá partilhar suas impressões sobre o texto.

Seguem-se uns minutos de adoração em silêncio.

No Regnum Christi, temos umas ladainhas que rezamos após, e o leitor pode acrescentar aqui as de sua devoção, se preferir. Quem sabe a ladainha do Preciosíssimo Sangue ou a ladainha pela santificação dos sacerdotes?

Enfim, se há exposição solene, o sacerdote ou diácono veste a capa pluvial e o umeral e se prepara para a bênção do Santíssimo, enquanto se canta o Tantum Ergo. Na exposição simples, o pluvial é optativo. Caso não haja exposição, apenas cantamos esse hino. Fazemos, após a oração própria da adoração ao Santíssimo Sacramento, com ou sem bênção, conforme haja ou não exposição.


Encerra-se com o canto do Adoremus in aeternum.

Rafael Vitola Brodbeck

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